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sábado, 10 de maio de 2014

Feliz dia das Mães!

MÃE SE EU PUDESSE
Mãe
Se eu pudesse
Se tivesse a magia do poder
Somente faria acontecer... diria
Quero voce entre minhas mãos

Mãe
Se eu pudesse
Com a força de meu pensamento
Somente queria neste momento
Sua luz no divino firmamento

Mãe
Se eu pudesse
Com o dom divino
Somente faria nunca ter que acordar
e não tê-la aqui
Mãezinha, ao amanhecer

Mãe
Se eu pudesse
Mas isto eu posso!
Não com o poder da magia dos contos de fadas!
Mas com o poder de meu amor maior
Com emoção dizer com fervor
E eleger VOCE! "A minha fada encantada,
O anjo protetor, ...do meu coração!"
Poesia de Nancy Neide F- Feita para Mamãe Diva e todas as Mães do mundo - maio- 07 de 2006

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

ODA SOARES CHAVES







Perfil de Oda Soares Chaves (in memoriam)...a  mulher, a artista e  a voz de ouro.

Oda Soares Chaves, ou Naná Chaves como era mais conhecida, nasceu em Bambuí em 14 de setembro de 1921 e faleceu  aos 90 anos de idade em 20 novembro de 2011.
Era filha de Júlia de Oliveira Chaves e Galdino José Chaves.
Teve vários irmãos. Cito, pelos apelidos, como eram mais conhecidos na cidade, os que chegamos a conhecer: tios Zezé (casado com tia Lourdes), Omar (tia Jamile) , Jeová (tia Noêmia) e Jandir (tia Neuza) e tias Diloca (casada com tio Arthur), Yayá (tio Alcindo) e Elza (tio Totonho). Todos os irmaõs são falecidos. Ela foi a última da família a falecer.

Casou-se em maio de 1945 com Oity Soares Chaves, seu primo em  3° grau,  que era advogado e filho de José Augusto Chaves (comerciante e prefeito da cidade) e Maria Chaves. Irmãos de Oity e cunhados de Dona Naná  são os tios Olga, Otto, Ruy e também a Maria Helena.

Naná e Oity tiveram 3 filhos: Cláudio Amilcar, Marilena e Rosilena; 3 netos (filhos do Cláudio e Denise) que são o Fábio, o Claudinho e a Carolina; e 3 bisnetas: a Mariana e a Giovana (filhas do Fábio) e a Bruna (filha do Claudinho). Criou também a Lina (que se casou e mora em SP) e o José Luis (que mora conosco).

Por ter tido muitos irmãos, tem sobrinhos de perder a conta, por todos os cantos no País. Vários deles, incluindo os que eram sobrinhos diretos de meu pai,  mantiveram contato direto com a “Tia Naná “por toda a vida. Ela gostava deles com filhos, nunca se esquecia dos seus  aniversários e sempre acabava por adotar os maridos e esposas deles como seus próprios sobrinhos.

Naná e Oity tiveram uma vida  social muito intensa  em Bambuí. Eles  iam ao cinema quase todos os dias (ainda não tinha TV na cidade!),e também a bailes, onde dançavam sempre e chegaram a ganhar como foliões em carnavais.

Quando se mudaram para Belo Horizonte em 1968, mantiveram, durante muito tempo, o hábito de irem ao cinema pelo menos aos sábados.

Naná Chaves tinha algumas paixões:

… Tinha uma voz maravilhosa, a mais bonita da cidade e é lembrada até hoje por  muita gente em Bambuí. Cantava em casamentos, nas missas das 9 horas.Muitas pessoas diziam que iam à missa só para ouvi-la cantar), e nas procissões da semana santa  também...
Por isso mesmo ela gostava também de ensaiar a criançada para as coroações de maio (eram maravilhosas ...) e os meninos para as palmiações em junho. Já em Belo Horizonte também organizou coroações das sobrinhas-netas na igreja aqui da Serra.

… Era uma artista fantástica do bordado à máquina: ponto cheio, rechilieux, matiz, aplicações ... Tudo uma beleza. Fez vestidos de noiva, enxovais para noivas e bebês e mais um monte de coisas. Em 2011 participou da exposição de artesãos, em Belo Horizonte  com seus lindos trabalhos.

… Adorava fazer tortas e outros doces. Cada uma melhor que a outra. Já bem idosa, ensinou à suas cuidadoras e auxiliares da casa algumas de  suas melhores receitas;  e ficava supervisionando, auxiliando no feitio das tortas, rabanadas de natal e outros doces.

… Adorava uma festa de aniversário. O seu, os nossos, dos parentes e de quem ia conhecendo ao longo da vida. Não perdia um! Nem quando já estava bem idosa. Se tivesse 2 ou 3 festas no mesmo dia, queria ir a todas elas. Não esquecia de nenhuma data. Logo cedo ligava para cumprimentar o aniversariante do dia, na expectativa de que tivesse uma festa, nem que fosse uma comemoração no bar. Ficava até meio decepcionada se não tivesse. As suas festas de aniversário eram famosas, geralmente umas 100 pessoas. No dia seguinte curtia muito os presentes. E ligava pra quem não tinha vindo na festa ou telefonado, para saber se tinham  esquecido ...

… Adorava também ceia de natal. Aliás, tinhamos duas ceias de natal por ano: uma no início de dezembro com os sobrinhos e outra na noite de 24  /25aqui em casa. Não passou nenhum ano sem uma bela ceia com seus filhos e netos, com presentes para todo mundo

Enfim, tinha um bom humor e uma alegria de viver invejáveis.
Nada abalou o alto astral de Dona Naná, nem  a doença Mal de Parkinson, vivida por mais de 20 anos e que lhe tirou a voz maravilhosa, a capcidade de bordar e de fazer seus doces e até de andar sozinha. Não se abatia por quase nada. Se não podia andar ia de cadeira de rodas, ora! ... Tomava seus  12 medicamentos por dia sem reclamar... Ela própria lembrava da hora de tomá-los.

Não era presa ao passado; ao contrário experimentava as coisas modernas, sem medo, e gostava; inclusive do Facebook.
Não ficava conversando apenas sobre os antepassados ou sobre doenças ou remédios.
Dona Naná era antenada no que estava acontecendo em sua volta e no mundo, assistia aos noticiários, curtia as novellas, adorava a Malhação! Ela tinha um interesse grande pelos mais jovens,  e eles gostavam muito dela também.
Texto de Marilena Chaves e Rosilena Chaves, filhas de Dona Naná.
Mais fotos no Facebook...Perfil Bambuí Fotos Memórias

domingo, 29 de janeiro de 2012

GABRIEL CASTELAR BRITO POETA BAMBUIENSE



Gabriel Castelar Brito...poeta.

Enquanto a chuva cai
A chuva canta
E eu aqui dentro
Como se estivesse fora,
Molhando-me nos sentimentos,
Nas sem razões que tenho para viver.

Assim como escuto a chuva,
Ouço os batimentos do meu coração.
Há uma espera de nada,
Há um silêncio de tudo,
Há em mim algo indescritível.

Enquanto a lembrança me convence
De que a saudade é amor,
A chuva mesmo estado fora,
Limpa-me os mares internos.

Em mim não há mais metades,
Nem meus próprios fingimentos.
Em mim agora, há só certeza e dúvida,
Em mim agora, há só vento e chuva.


Obs.: Poema escrito na rodoviária de Formiga/MG, no dia 17 de Dezembro de 2011.
http://gabrielcastelar.blogspot.com/
Art design Nancy Neide F

EUNICE DIAS ARTISTA BAMBUIENSE



Uma artista bambuiense
Eunice Terezinha Dias, antes Eunice Terezinha de Andrade, nasceu em 26 de outubro de 1952, em Bambuí-MG. É filha de Terezinha de Jesus Andrade e
Eurico José de Andrade.
A bambuiense Eunice Dias é formada em Pedagogia pela UniCeub, de Brasília. Começou no mundo artístico no ano de 2000, quando morava em Montreal. Sua paixão pelas artes plásticas só enriqueceu ao buscar e diversificar conhecimentos por meio de cursos realizados nos diversos países em que morou como Canadá, Alemanha, Moçambique, Uruguai e Equador. Em cada local, pôde extrair as essências da cultura regional e aprender diferentes técnicas que são aplicadas em seus trabalhos. Várias de suas obras já foram exibidas no Brasil, Argentina, Uruguai e Equador. Em maio do ano passado mudou-se para a Nicarágua, onde deverá ficar por, no mínimo, um ano.
Eunice Dias tem sido convidada para exposições relevantes em várias cidades brasileiras e também em outros países. No Brasil participou, em Brasília, da Exposição Anual ACAV-2011 do Clube Naval, expôs no Espaço Cultural do Palácio Buriti e no "Prêmio SESC de Pintura em Tela - Cândido Portinari"; em Ribeirão Preto expôs no I Salão Internacional de Artes Plásticas – UNIP e no Centro Cultural Bauhaus; em Bento Gonçalves-RS, participou de exposição na Fundação Casa das Artes e no XX Salão Internacional de Artes Plásticas do PCSUR-Brasil; em Minas Gerais montou uma Mostra Individual na Biblioteca Municipal de Uberaba. No exterior expôs seus trabalhos no Museo de Salta, e na Exposição YMCA(Young Men Christian Asociation), em Buenos Aires- Argentina; Mostra Coletiva de Arte do PCSur-Internacional, em Piriápolis-Uruguai; no Instituto Brasileiro-Equatoriano de Cultura, e no Centro Cultural das Artes, em Quito-Equador.
Embora seja curto o período de vida artística de Eunice Dias, ela já tem obras em vários acervos de órgãos públicos, como no Museo de Salta e no YMCA, na Argentina; no IBEC, no Equador e no Centro Cultural Renato Russo, em Brasília. Suas obras fazem parte de diversos acervos particulares em Brasilia, Rio de Janeiro, São Paulo, Uberaba, Ribeirão Preto, Goiânia, além de Piriápolis no Uruguai, Quito no Equador e Buenos Aires, na Argentina.
Embora residindo no exterior, Eunice tem duas exposições previstas para este ano, no Brasil. A primeira em maio, em Ribeirão Preto e a outra em junho, no dia 15, em Vitória, no Espírito Santo. Ela é membro da Associação Candanga de Artistas Visuais e Vice-presidente de Relações Públicas e Eventos Internacionais do PCSur-Brasil.
Parte da arte de Eunice Dias pode ser vista em http://eunicediasarte.blogspot.com/

Seu perfil no Facebook está no endereço: https://www.facebook.com/profile.php?id=1359916921.
Eunice é irmã de Eurico de Andrade

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

DR. GUY TÔRRES PERSONALIDADE MEMORÁVEL



GUY TÔRRES nasceu em Bambui, em 22 de janeiro de 1932, filho de Sinfrônio Tôrres e Maria Magalhães Tôrres. Fez o curso primário no Grupo Escolar “José Alzamora”, hoje Escola Estadual “José Alzamora”, em Bambuí.
Começou o curso Ginasial no Colégio São Francisco de Assis, em Pará de Minas, tendo se transferido para o Instituto Gammon, em Lavras, onde terminou o curso Ginasial (Ensino Fundamental) e fez o Curso Científico (Ensino Médio).
Formou-se em Técnico Agrícola pela Escola Superior de Agricultura de Lavras, hoje UFLA, onde começou o Curso de Agronomia, transferindo-se para a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, em Piracicaba, onde se formou em março de 1956.
Tanto em Lavras como em Piracicaba sobressaiu não apenas nos estudos, mas também nos esportes, com destaque para o basquete e o xadrez, conquistando brilhantes vitórias nos Jogos Universitários e nos Jogos Abertos de São Paulo.
Participava ativamente da política estudantil, fazendo parte dos Centros Acadêmicos de Lavras e de Piracicaba, tendo representado Minas Gerais no Parlamento Estudantil.
Ampliou o seu Curso com o Mestrado em Extensão Agrícola pelo Centro de Ensaio e Treinamento de Engenharia Rural de Ipanema-SP. Terminando os estudos começou a trabalhar. Primeiro na ACAR, hoje EMATER MG, no Escritório de Belo-Horizonte, como supervisor.
Em seguida no ETA – Escritório Técnico de Agricultura - Projeto 4, em Taubaté, SP. Depois na Carteira Agrícola do Banco do Brasil, em Patos de Minas.
Chamado para abrir o escritório da recém formada EPAMIG em Uberlândia, trabalhou lá por um curto espaço de tempo. Nesta época, 1958 e 1959 foi um dos pioneiros no reflorestamento na região do Triângulo Mineiro e no Centro Oeste tendo criado três empresas para o desenvolvimento dessa atividade, com a implantação de vários projetos.
Foi também nesse momento de sua vida que se tornou Produtor Rural. Em 13 de novembro de 1963, foi contratado como Engenheiro Agrônomo do Posto Agropecuário e 30ª-Circunscrição Agrícola de Bambuí - MG que, em agosto de 1968 passou a ser “Colégio Agrícola de Bambui”, o CAB. Em 1979 esse Colégio passou a ser a Escola Agrotécnica Federal de Bambuí, a EAFB. Foi, pois Guy Tôrres o seu fundador e primeiro diretor, cargo que exerceu até 30 de abril de 1983. Deixou como legado de seus ensinamentos, de seu trabalho, de sua visão, uma Escola que é o marco do desenvolvimento em Bambuí e toda região.
Chamado a prestar seus serviços em outros órgãos afastou-se da Escola de maio de 1983 a fevereiro de 1986 servindo ao governo de Minas Gerais, a convite do Governador Tancredo Neves, como Presidente da EMATER. Nessa ocasião criou, dentro da Escola Agrotécnica Federal de Bambuí, o Centro de Treinamento da EMATER (hoje conhecido como VERdeMINAS).
Retornando a Escola Agrotécnica Federal de Bambuí em 19 de março de 1986, como Engenheiro Agrônomo, assumiu em 15 de janeiro de 1990 a direção do Serviço de Educação e Produção. Neste período fez parte da comissão encarregada de elaborar o ante-projeto da implantação do 3º- grau (Curso Superior) na Escola Agrotécnica Federal de Bambuí.
Depois de aposentado, em 24 de agosto de 1991, não parou de trabalhar. Esteve na Secretaria de Abastecimento da Prefeitura de Belo Horizonte, onde teve a oportunidade de colaborar na implantação dos Restaurantes Populares.
Foi presidente da EPAMIG, onde também deixou com seu trabalho, um exemplo de amor à sua profissão e o empenho em melhorar as propostas de desenvolvimento em tudo que fazia.
Viajou por diversos países, sempre em busca de novos conhecimentos de novas técnicas, que trouxessem benefício para as entidades que dirigia. Esteve no Japão e Estados Unidos, em intercâmbio com os Órgãos de Educação, conhecendo escolas e sistemas de ensino agrícola.

Logo depois foi ao Canadá, novamente aos Estados Unidos e posteriormente em Israel para conhecer programas de eletrificação rural e irrigação. Esteve também na França, na região da Alsácia e para a antiga Iugoslávia, para aprofundar-se nas experiências das Cooperativas de Produtores Rurais.
Dos filhos de Bambuí, Guy Tôrres ombreia com os mais ilustres. Não apenas pela projeção pessoal que seus feitos lhe conferiram justamente, mas também e, sobretudo pela sua colaboração para o desenvolvimento e projeção de sua terra, de cujas lutas para o progresso participou de todas, apaixonadamente e lealmente.
Faleceu em 5 de agosto de 1999. Deixou em Bambuí sua mulher, Edna Tôrres, os filhos: Alda Maria Tôrres Campos (Servidora do IFMG – Campus Bambuí), Júnia Tôrres, Edmar Tôrres e quatro netos: Filipe Samir Tôrres Campos, Fernanda Tôrres Campos, Isabela Gomes Tôrres e Guy Gomes Tôrres.

“Amou essa Escola e a dignificou.
Amou sua Terra e a honrou.
Amou a Vida e viveu plenamente.”

Edna Tôrres.

Bambuí, 17 de setembro de 2010.
Texto pesquisado em
http://dceifmg.blogspot.com/2011/06/guy-torres-conheca-historia-do-patrono.html

sábado, 14 de janeiro de 2012

EURICO DE ANDRADE E SEUS CAUSOS E CONTOS....




Tabuí
Você já foi a Tabuí? Não. É claro que não. Tabuí nem está no mapa. Nem das Minas e nem das Gerais. Mas Tabuí está onde antes era Pau Branco, bem na beira do rio Sorongo. No lugar em que a coloquei. Num lugar onde só eu sei. Difícil é chegar lá se você não for muito atento. Tem de pôr muito sentido. Só uma estradinha que vai e volta servida por uma única jardineira diária. Tem também o trem de ferro que leva boi e minério pra baixo e combustível pra cima. Tabuí só fica vendo o trem passar. De vez em quando chega um ou outro passageiro no último vagão do trem. É o Misto. Misto de carga, minério, boi e gente. Nem sei porque chamam lá de cidade. Tão pequena ela é. Só umas quatro ou cinco ruazinhas e não mais que uns mil e mais alguns habitantes. Das ruas você vai conhecer duas: a do Assobio que é uma ladeira só - e que por isso engrossa as pernas das moças - e a do Comércio, onde, além de uma lojinha ou outra, uns botecos, umas biroscas e umas vendas, tem as mulheres que fazem favores e até caridade para aqueles homens pobres da pobre Tabuí. Abrindo a porta da zoninha você vai encontrar a Zildete, a Bastiana e uma ou outra que está lá de passagem juntando uma graninha pra ir pra Bel'Zonte. Povinho de Tabuí é gente boa que só vendo. Quase todo mundo de pobre pra baixo, mas conservando tradições que há muito sumiram da cidade grande. Gente muito religiosa, vivendo aos pés do Padre Anacleto que comanda a igreja matriz, a Conferência Vicentina, a Legião de Maria, a Irmandade do Santíssimo, as procissões, os costumes, as donzelas e aquelas não tanto, além do fusquinha velho. Em chegando na Santa Maria do Tabuí, hospede-se no Hotel Familiar. Não há escolha. É o único. Se você for amigo duma pinguinha, experimente a Providência, da própria terra. Não caia na besteira de falar mal da Providência que caem de pau em cima de você. Notícias e fofocas da região, música caipira da boa, além de umas musiquinhas muito fuleiras, você pode ouvir na emissora pirata que inventaram. É a Rádio Tocatudo falando pra Tabuí e para o mundo. Depois de gastar no máximo 23 minutos para conhecer a cidade andando a pé, você pode ir pra roça e apreciar a Perdição, o Pindura Saia, o Abacaxi e vai ver como essa gente vive, ama e sofre. A dificuldade é tamanha que aos poucos vai ficando mais ninguém por aquelas bibocas. Êxodo rural. Vão pra Tabuí e de lá pro mundo. Fazer a vida, nem que seja como a Ozária e a Jurema. E os que permanecem pela região estão cada vez mais cabisbaixos, desanimados, cheios de anemia, chistose, amarelão, raquitismo chagas... Banguelas também. Cada um mais que o outro. Voltando pra rua você encontrará outros personagens típicos de qualquer cidadezinha do interior. O doido, o candidato a político, os bêbados, os boêmios, os namorados, os apaixonados, os seresteiros, os da roça, os beatos, as beatas, os maníacos, os fantasmas, os sistemáticos, os forasteiros, os analfabetos, os simplórios, os simples, os pedintes, os pobres, os miseráveis... estes causos quase todos são inéditos, captados por aí a fora, num trabalho de garimpagem. Todos ouvidos da boca do povo e recheados com temperos peculiares! Portanto, caro leitor, cometa uma aventura. Faça de Tabuí o centro do seu mundo. Conheça essa gente viajando neste meu sonho!

Eurico de Andrade


Um cadim de mim

Um menino que nasceu e começou a crescer lá no interior do interior pescando piabas, traíras e chorões no anzol e no puçá... Pegando juritis e saracuras na arapuca... Chupando ingá, gabiroba, peidorreira, baco-pari, araçá, mangaba e cagaita... Montando cavalo em pêlo... Bebendo leite direto dos peitos de vacas, éguas, cabras e ovelhas... Comendo pururuca, angu com couve e torresmo... Morrendo de medo de assombração, evitando mato para não virar comida de onça... Fazendo promessas pra São Sebastião, São Jorge e Santa Bárbara... Garrando com o chefe de tudo quanto é santo para não deixar nenhum insatisfeito... Acreditando no coisa ruim, em mal-olhado, em assombração e no saci pererê... Curando cobreiro e inflamação de aroeira com a Maria Geroma, à custa de muita Ave-Maria e fio frio da faca afiada... Educado sob a batuta do chicote e ameaças de castigo de Deus, nosso Senhor... Trabalhando como candieiro guiando carro de boi... Trabalhando como meeiro e tarefeiro no cabo da enxada... Ajudando vaca na hora do parto... Vendo a Joaninha apanhando do Zé da Ponte do Bode enquanto ele cobria de mimos e beijos a mocinha Julieta... Bebendo chá de mané turé, carqueja, fedegoso, chapéu de couro, congonha... Comendo beldroega, broto de aboboreira, miolo de gueroba, frango com pequi, angu com quiabo, quibebe, inhame com leite... Assistindo a boiada passar... Vendo o trem de ferro apontar na boca de um corte e sumir na outra carregando boi, muquiça e gente... Vendo a enchente destruir as roças de arroz e milho do pai... Arrancando mandioca no muque pra farinha e o polvilho do ano... Fazendo paçoca de carne seca e socando arroz e café no monjolo de pé... Indo pra escola a uma légua de distância no cavalinho da orelha murcha... Convivendo e conversando com João Pelota, Zé Rosa, João Garrote, João Geada, Zé Ficiano, Zé Pelotin ha, João Garrotinho, João do Zé Ficiano, Zeca do Zé Ficiano, Zé Albino, João Miguel, Zé do Orico, Zé Taviano, João Vergina, Zé Cota, Zé Ramo, João do João Vergina, Severo... Só podia dar no que deu, no meio de tantos zés e joães : um escrevedor de coisas da roça.

....Quem conta um causo... Saio por aí a fora e entro discretamente em qualquer cantinho onde tá rolando uma boa prosa. E anoto tudo o que ouço para depois transformar em assunto pros meus causos e contos. Quase todos me foram contados e, como a maioria dos causos, a gente não sabe quem é o autor. Por isso, pode ser que o caro leitor já conheça um ou outro, talvez em versões diferenciadas. O meu intuito é registrar essas histórias/estórias a fim de que não se percam....
Eurico de Andrade é de Bambuí MG.
http://tabui.blogspot.com/
 Parabéns Eurico de Andrade. Aplausos. Voce merece! Abraços Nancy Neide F 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal e Próspero 2012






 Mensagem de Paz
Na aplicação de qualquer receita destinada à composição da felicidade, não te esqueças do aviso de que a felicidade nasce de ti mesmo.
Não aguardes do mundo a segurança que tão somente poderá ser construída por ti mesmo, dentro de ti.
Nunca menosprezes o trabalho que a vida te confiou.
A tarefa que desempenhas hoje é a base de teu apoio futuro.
Aceita-te como és e com aquilo de que disponhas para realizar o melhor que possas.
Observa que não existe criatura alguma destituída de valor e da qual não venhas a necessitar algum dia.
Quanto possível, conserva a luz da virtude que te norteia a elevação, mas não permitas que a tua virtude viva sem escadas para descer ao encontro daqueles que se debatem sob a ventania da adversidade a te pedirem socorro e compreensão.
Sê fiel ao campo da verdade que abraças, sem desconsiderar a parte da verdade em que os outros se encontram.
Usa a paciência nas pequenas dificuldades para que te não falte serenidade nas grandes crises que todos somos levados a facear nas trilhas do tempo.
Não te apegues aos anseios da juventude, nem te acomodes com o cansaço de muitos que ainda não aprenderam a viver com a criatividade da madureza.
Recorda que até hoje ninguém descobriu o ponto de interação onde termina a fadiga e começa a ociosidade.
Em qualquer tempo, exercita a fortaleza espiritual para que as tuas energias não se dissolvam, de inesperado, quando as calamidades da experiência humana se façam inevitáveis.
Resigna-te a transitar no mundo, entre os que se te revelem na condição de opositores naturais aos teus pontos de vista, mas não formes inimigos nem cultives ressentimentos.
Não abuses e nem brinques com os sentimentos alheios.
Guarda a tua paz, ainda mesmo nas grandes lutas.
Não creias em pessimismo e derrota, solidão e abandono, porque, se amas conforme determinam as Leis do Universo, descobrirás a beleza e a alegria em qualquer circunstância e em qualquer parte da Terra.
E jamais desesperes, porquanto sejas quem sejas e estejas onde estiveres, ninguém te pode furtar o privilégio da imortalidade e nem te arredar do esquema de Deus.

EMMANUEL

Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião
pública da noite de 26 de Janeiro de 1973, na Comunhão
Espírita Cristã, em Uberaba, Minas Gerais

sábado, 13 de agosto de 2011

BAMBUÍ CUPIDO

Bambuí Cupido

Menina que por terras anda
Vem de longe bem distante
Chama de forma branda
Viajor paciente e constante
No peito cravado
Coração bate forte
Amor dengoso inundado
A Menina sabia
Ele existia bem perto
Aninharia e sucumbiria
Amaria a céu aberto
Bendita e boa Bambuí
Berço amor cupido
Amor extasiado
Ele estava ali
O seu Príncipe Davi
Graça Menina feliz
Breve em seu ventre
Se faz  presente
Filhos que Deus bendiz
Deste Amor forte e ardente.
Graça e Davi
Que o destino prediz.
Poesia de Neide Nancy F....01 de julho de 2011....

Graça Menina Romântica, Davi Príncipe de Graça, grande abraço da amiga Nancy Neide F

domingo, 10 de julho de 2011

"ALÔ BAMBUÍ"





Esq/dir/Elias Saade,Chiquinho,Dé,Idelson,​Tatá,Lauri,Hermano torres,Dinho,
Eliane e Elizete, filhas do Elias Saade...?...Iris Matías,Jairo,Amoralíde,Hél​cio Azzi,José Benvindo,Dazinho Bahia...
07 de setembro de 1958-Bambuí - MG- Acervo Manuel Lauri Chaves
“Alô Bambuí”
Alô, Bambuí querida! Bom dia! Desculpe-me acordá-la tão cedo, saiba que se assim o faço é com a
melhor das intenções. Desejo ser o primeiro a saudá-la na data do seu aniversário.
Parabéns, Bambuí amada! Que Deus a proteja e guarde, fazendo-a grande e feliz, na grandeza e
na felicidade de seus filhos. Você bem sabe, Idolatrada Terra de Bambuí, que não sou seu filho
legítimo, mas sabe também que, apesar disso, trago-a sempre no coração, porque aprendi e me
acostumei, desde criança, a admirá-la e a respeitá-la como meu berço natal. A ti devo a minha
família: esposa e filhos que Deus me deu são bambuienses. A ti devo tudo que sou, todas as glórias
que obtive na vida, tudo de bom que a vida me proporcionou.
Por tudo isso, Oh Minha Bambuí, eu a saúdo no seu aniversário! Eu a cumprimento nesta data que
lhe é tão cara:
Pela sua grandeza, pela sua beleza, pela grandeza de seus filhos. Por suas conquistas próprias,
porque você nunca foi olhada com maior carinho pelos altos poderes do país.
Pelo que de bom você tem, tudo construído pelo trabalho de seus filhos.
Eu a saúdo pelas suas Igrejas, pelo seu Hospital, pela Energia Elétrica que nos vem servindo até
agora, pela beleza de seu Estádio Esportivo, pelos seus Colégios, pela sua Praça de Esportes, pelas
suas ruas e praças calçadas, pela sua rede de esgoto, pelo seu Serviço de Abastecimento de Água,
pela capacidade de seus atletas, por sua riqueza agrícola e pecuária e por tudo mais de bom que
você tem, graças ao esforço e à boa vontade de seus filhos!
Eu a saúdo, Bambuí dos Torres, dos Magalhães, dos Cunha, dos Santos, dos Lima, dos Farah, dos
Chaves, dos Bruno, dos Castro, dos Alves, dos Ribeiro, dos Bahia, dos Machado, dos Mourão, dos
Carvalho, dos Cardoso, dos Moreira, dos Azzi, dos Castelar, dos Vargas, dos Brito, dos Martins, dos
Alzamora, dos Silva, dos Montijo, dos Rezende, dos Sifuentes, dos Freitas, dos Dias, dos Guimarães,
dos Lasmar e de tantas outras gerações de filhos que você criou e que tanto a engrandeceram
e honraram, criando em você a verdadeira cidade ideal: alegre, confortável, amiga, acolhedora,
hospitaleira e agradável!
Eu a saúdo, Bambuí querida, pela fibra de sua gente, pela caridade de seu povo. Pela bondade, pela
dedicação e carinho de seus dirigentes, de seus poderes constituídos, de seus médicos, de seus
advogados, de seus farmacêuticos, de seus diretores e professores dos estabelecimentos diversos,
pelo trabalho de seus operários, fazendeiros, agricultores, comerciantes, comerciários e bancários,
porque você foi capaz de dar a todos o senso da bondade, da colaboração, do progresso e do
trabalho profícuo e honesto, bases primordiais ao bem estar de todos os bambuienses.
Finalmente, Querida Terra, eu a saúdo no seu aniversário, porque você é:
Amor
Bondade
Carinho
Conforto
Alegria
Paz
Tranquilidade
Grandeza
Trabalho
Progresso e tantos e tantos outros motivos de felicidades é o que lhe desejo!
Acorda, Bambuí querida, para receber a homenagem de seu filho!

Elias Saade
Serviço de auto-falante Cacique, a voz amiga de Bambuí .

(Observação: manuscrito por Elias Saade, sem data. Provavelmente, final dos anos 50, ou início dos
anos 60; com certeza, em época anterior à chegada da Cemig e Copasa a Bambuí).
Texto cedido gentilmente por Elizete Saade,  filha de Sr Elias Saade.
Obrigada a Elizete Saade, a família Saade e Elias Saade (in memorian) Nancy Neide F

PARABÉNS BAMBUÍ 125 ANOS

PARABÉNS BAMBUÍ POR SEUS 125 ANOS





























quarta-feira, 6 de julho de 2011

BAMBUÍ NAS TRILHAS DA PICADA DE GOIAZ

27 de maio de 2011



 Lindiomar autografando os livros.

Nancy Neide F

"Como tudo começou"
..."Nossa história começou no início do século XVIII, por volta de 1720, com a chegada do primeiro homem branco, vindo,da Vila Pitangui. Nessa época, Minas Gerais nem era, ainda, uma capitania, e vivia às turras com paulistas, pois, já haviam se enfrentado na Guerra dos Emboabas. Dirigia a "quase"capitania, Dom Pedro de Almeida Portugal, Conde de Assumar, também governador da capitania de São Paulo..." SILVA, Lindiomar. Bambuí Nas Trilhas da Picada de Goiaz-Contagem: Santa Clara Editora, 2011. 370p. il.Bambuí MG-


Para continuar esta viagem histórica, adquiram o livro "BAMBUÍ NAS TRILHAS DA PICADA DE GOIAZ" Acompanhado de um DVD, com muitas fotos interessantes.
Eu já recebi o meu exemplar. Adorei. Já pude notar, mesmo antes de concluir a leitura do livro, ser uma rica fonte de pesquisa histórica da Cidade de Bambuí, Medeiros e Tapirai.
Fiquei super feliz, emocionada e honrada por fazer parte do album de fotos, contido no DVD.
Eu Neide Franco, Cláudio Camilo, Geraldinho Camilo, Antero Torres, Marcinha Torres,  Orestes, Débora Moreira, e outros colegas fomos os pioneiros na fundação da ABEB, organizando a primeira e maravilhosa Olimpíada Estudantil, nos anos 70.
Muito obrigada e parabéns amigo Escritor Lindiomar Silva. Meus aplausos. Nancy Neide F

Coral da Escola Dulcinéia Torres


 Jacqueline Guimarães lendo a  poesia de Nancy Neide F "Letras...pontos...Livros", na noite de lançamento e autógrafos do livro em epígrafe.



Ivone, Maria de Lourdes e Lindiomar


Lindiomar e Marli


Neusa Chaves


Leise e Lindiomar


Maria de Lourde, Filho, Lindiomar e filho


Professores Jacqueline Guimarães e Glaucus Lemos 

Publicação de Nancy Neide F